quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O CARPINTEIRO

Na pequena oficina do meu pai, aprendi as grandes lições da vida. Papai levantava cedo. Mamãe passava o café. Lili sempre bocejava e quase engasgava com o pão. Lá em casa, o pão sempre foi consagrado. Café estava caro? Tinha. Café estava barato? Também. Inflação? Não faltava. E todo mundo tinha que ir pra escola. Sem choro. Mas eu gostava mesmo era de carpintar. E, vez por outra, em vez de tomar o rumo da escola, tomava o rumo da oficina."Toma rumo, menino," indignava-se o velho. Mas logo ia me dando serviço. E assim, trabalhamos juntos, até que tudo ficou pronto.

Primeiro de agosto de 2013

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