Hoje morreu um tiozinho cachaceiro. Seu último ato lúcido foi há vinte anos. Era uma manhã de outono, como esta. Acordou cedo, fez a barba, abotoou a camisa, escovou os dentes. Olhou-se no espelho do banheiro, e como sempre, admirado, olhou-se também no espelho do quarto. Espiou o relógio... Saiu sem tomar café. E, sem motivo algum, saiu da sua própria vida e nunca mais voltou.
23 de maio
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